quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Duas projeções - mesmo tema - mesmo palco

Vou tentar descrever duas projeções ocorridas em dias diferentes, com intervalo de 5 dias entre uma e outra.

Projeção 1 - Visita de assalto ao um terreiro

Deparei-me do lado de fora de uma casa, localizada em um rua escura e de terra, em local certamente fora do Brasil, noite local. Estava ao meu lado direito uma conciex amiga e companheira de longa data. Não é meu guia que de forma costumaz se apresenta com a aparência de um oriental. Trata-se de uma conciex "do sexo masculino" muito parecida comigo, em estatura e biotipo, a quem chamo de Phillipe. (lê-se lipe).


Esperávamos do lado de fora aguardando o início dos trabalhos com intuito "hostil" (não é bem isso, mas é o mais próximo disso). Eu e ele não conversamos mas nos entendemos rapidamente em nível mental. A partir de certo momento, entramos repentinamente. A visão interna foi marcante: carnes cruas dispostas em altares, orgãos de animais, concins e consciexes pelo terreiro em estado de consciência alterada e outros relativamente bem lúcidos e sentados às margens. Assim que entramos fomos percebidos pelas conciexes e nesse momento uma gritaria e frenesi se instalaram. Fomos ameaçados, xingados enquanto uma correria das mesmas conciências tornavam a situação tensa. Alguns risos de deboche eram direcionados para nós, mas sabíamos que esses risos de deboche e ameaças são um comportamento padrão. Observei a minha esquerda uma conciex sentada em estado semilúcido, com um olhar muito triste a me olhar sem me focar, como se percebesse palidamente alguém ali por perto. Lembro que essa visão me deu um sentimento de piedade muito grande da menina. Nesse momento a conciex que me acompanhava, Phillipe, bloqueava o acesso das conciexes mais agressivas aos alteres com as carnes. De alguma forma que no momento não sei, em minhas mãos apareceram panos brancos e eu os colocava em cima das carnes cruas e dos pedaços de orgãos. neste momento outras conciexes - amigas desta vez - formaram um cordão de isolamento estabelecendo um perímetro em torno daquele estabelecimento.

Acordei imediatamente ao final da visão desta conciex sendo levada e olhando para mim, tendo claramente a lembrança deste "sonho" que reportei "em off" para um dos professores.

Projeção dois - nos arredores do terreiro.

Contexto: entre esta primeira projeção e a segunda, lembro que me solidarizei com as vitimas no Haiti e levantei a questão para o projetor de copa por email: "Como por meio dos conhecimentos adquiridos podemos ajudar nas vitimas do Haiti?". Levantei essa questão no curso também.

Vamos lá...projeção dois:

Após deitar-me e realizar o EV com resultado bem satisfatório, deitei-me com a sensação de tranquilidade.

Vi-me novamente em companhia de Phillipe, chegando a um recinto decorado com móveis de mogno. Vem em nossa direção uma conciex feminina, tez branca, cabelos castanhos escuros assim como seus olhos. Traje cinza, dos pés a cabeça mas não era um traje do tipo "monge", parecia mais aqueles trajes do seriado jornada nas estrelas. Lembro que pela saudação informal e rápida, elas já nos conhecia e nós a ela. Não me recordo seu nome entretanto. Apesar de seu traje que a cobria desde o pescoço até os pés, sua beleza era indisfarçavel. Nela existia uma energia de jovialidade, seriedade, cordialidade e objetividade, muita objetividade. É muito difícil escrever aqui em palavras o respeito e admiração que ela nos impunha. Saudou-nos rapidamente a uma distância de uns 8 metros e andando rápido em nossa direção estendeu a mão direita mostrando um pote também cinza e falou:

"Olha o que está acontecendo: estão pegando o ectoplasma residual dos corpos e armazenando-os (a palavra não foi essa mas é o que significava). Precisamos da cooperação de guardiões qualificados para impedir que isso continue. São muitos corpos. Precisamos de mais "caveiras". Envie-nos rápido uma nova equipe." Phillipe e eu nos entreolhamos e sabíamos que isso seria necessário, pois não me ocorreu nenhuma sensação de surpresa com aquele pedido. Lembro tê-la respondido que não lhe faltaria ajuda alguma. Sei que eu e Phillipe conversamos algo mais que não me recordo e depois retornei ao soma.

Nota: Na literatura conscienciológica e espírita há uma classe de conciexes que é reconhecida como "guardas" do astral. Na Umbanda, li e estudei exaustivamente sobre uma classe de conciexes que usualmente são interpretadas e deturpadas dentro e fora dos centros, os Exus. Nesta classe, há uma linha de trabalho chamada de Exus Caveiras e sabíamos que parte destes "guardiões especializados" requisitados pela conciex feminina seriam conciexes que trabalham nesta linha. Gostaria de esclarecer algo: Exus, sejam caveiras, tranca-ruas etc, NÃO PERTECEM À UMBANDA. Onde não há Umbanda, lá há caveiras e outros "guardas" do astral. São conciexes que na Umbanda são chamados de Exus pois lá assim se convencionou e lá TAMBÉM se manifestam.


O próprio termo "caveira" deriva da linha de atuação (desoma, transmutação de energias deletérias, proteção de energossoma e ectoplasma residual post mortem etc) e muitos videntes relatam verem uma caveira estampada em bandeiras quando reunidos e mesmo em seus trajes de trabalho.


Caso o leitor queria se aventurar por um centro de umbanda, tenha certeza que o transcorrer da gira de exus e pombas-giras é um bom parâmetro sobre a "holo-seriedade" da casa: busque por ordem, sobriedade e prestação de caridade. Caso sinta-se em um cabaré ou algo similar, repense sua estada ali e não se deslumbre por algumas palavras que você encontra facilmente em qualquer livro de auto-ajuda.


Aula de hoje, 3 de fevereiro. Pela manhã, pouco antes do exercício prático o projetor de copa reparou que eu estava com o olhar fixo, nitidamente "fora dali". Assim que voltei a mim, eu estava em um diálogo mental rápido e afiado "comigo mesmo e mais alguém", rememorei em detalhes o que narrei acima e me veio uma forte intuição de que o terreiro e o local daquele trabalho era o Haiti.

Atenção: esse não era um terreiro de Umbanda

Um comentário:

  1. É impressionante como o senso comum faz com que rótulos estigmatizados se tornem POSSE de segmentos religiosos! A entidade EXU CAVEIRA faz trabalhos muito mais além do que a vil imaginação das pessoas podem conceber! É uma pena que o senso comum ache que eles vivem em cemitérios se alimentando de despacho mal intencionado e barganhando quem paga mais para levar o desejo egoísta. Espero que todos possam ler esse texto e entender o que o PROJETOR_BARRA quer dizer quando alega que os EXUS NÃO SÂO DOMINIO DA UMBANDA!

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